Olá pessoal, aqui é o Fernando Dalpiaz, sou o cunhado do Thiago Busarello e estou aqui para contar para vocês 15 aspectos da minha viagem para Buenos Aires que também foi a minha primeira viagem internacional. Espero que gostem e que o artigo ajude no planejamento de viagem de vocês também.
Quando nós, brasileiros, pensamos em Argentina, muitas coisas vêm à cabeça: futebol, rivalidade, tango, espanhol, hermanos. A verdade é que a Argentina é muito mais que isso e se torna um ótimo destino para quem quer começar a se aventurar no exterior, pela proximidade, facilidade na comunicação, culinária parecida e por ser mais preparada (em alguns aspectos) turisticamente falando. Buenos Aires, a capital, é um ótimo destino para quem quer experimentar um aperitivo da Europa, pois se assemelha com ela em vários aspectos.
Conteúdo desse artigo:
1) Planejamento da viagem a Buenos Aires
Uma das principais vantagens de escolher Buenos Aires é a distância da capital argentina do Brasil, o que torna a viagem de avião menos cansativa e onde existe grande possibilidade de conseguir um voo direto para a capital hermana com várias companhias aéreas. Além disso, Buenos Aires tem uma vasta rede hoteleira em diversos bairros interessantes: Centro, Palermo e Recoleta, por exemplo.
2) Wi-Fi em Buenos Aires
Em Buenos Aires, a Wi-Fi além de abundante, é bem mais rápida que no Brasil. A maioria dos estabelecimentos tem Wi-Fi liberada, poucas exigem checkin ou a protegem com senha, e neste caso basta pedir. Quase todos os locais públicos têm Wi-Fi que podem ser acessadas por um aplicativo chamado BA WIFI, baixei ainda no Brasil e ele conectava automaticamente ao chegar em locais públicos como praças, museus e parques. Foi uma mão na roda que ajudou a nos manter conectados durante toda a viagem para Buenos Aires.
3) Reserva da viagem para Buenos Aires
Em geral, sempre é recomendado programar sua viagem com antecedência, evitando desgastes em relação à disponibilidade, aumento de preços e correria. Porém a Argentina permite a modalidade “viagem de última hora”, tanto que com apenas duas semanas de antecedência conseguimos voos direto de Florianópolis para Buenos Aires ida e volta a um bom preço e um hotel bem localizado.
4) Nossa viagem a Buenos Aires
O voo de Florianópolis a Buenos Aires durou cerca de 1h50m e é necessária a chegada pelo menos 1 hora antes do embarque no aeroporto para a saída na imigração. Para quem é debutante na saída do país, a imigração significa que o país que você reside tem de liberar você para a viagem e o país que vai te receber te aceitar formalmente.
A imigração do Brasil tinha cerca de 2 funcionários para nos liberar e a imigração da Argentina cerca de 8 para nos receber. Este procedimento é exigido na ida e na volta pelos dois países.
O único documento a ser apresentado é ou o passaporte com sua validade em dia ou o RG emitido no máximo há 10 anos, já que o Brasil e a Argentina fazem parte do Mercosul, que tem um acordo para permitir viagens de seus conterrâneos apresentando somente o documento RG.
5) Aeroportos em Buenos Aires
Buenos Aires tem dois aeroportos: Ezeiza e Aeroparque. Descemos no Aeroporto de Ezeiza, que fica distante cerca de 40 minutos de carro do centro da cidade. É o aeroporto que recebe a maioria dos voos internacionais e é maior que o Aeroporto Aeroparque, mais próximo do centro, porém, bem menor.
Se possível, recomendamos fechar a compra de um transfer do aeroporto para o hotel ainda na compra do pacote de viagem para a Argentina, pois facilita quando se chega no aeroporto e tem alguém nos esperando. Foi o que aconteceu conosco. Na saída do desembarque já havia um representante da empresa Trend Turismo nos aguardando com uma placa com nome e sobrenome.
6) Hotel em Buenos Aires
Com relação à hospedagem em Buenos Aires, ficamos hospedados no Hotel Reino del Plata, cerca de 100 m da Casa Rosada, no coração da cidade. Localização excelente, hotel mais antigo, com ótima cama. A banheira no quarto com chuveiro vem quente, o quarto é de um tamanho bom, com frigobar, cofre e tv pequena, porém com boa variedade de canais. Limpeza boa e atendimento bom. Café da manhã simples. Elevador com aspecto mais antigo e barulhento. Hotel seguro e com excelente custo-benefício. Considerando todos esses fatores, um hotel que recomendamos. As diárias no Hotel Reino del Plata ficam na faixa de R$ 200,00.
7) Duty Free em Buenos Aires
A primeira vez em uma loja Duty Free a gente nunca esquece, certo? Errado. Essa esqueceremos, pois tínhamos expectativa de comprar várias coisas, mas infelizmente os preços estavam iguais ou acima dos praticados no Brasil. Porém o que nos encheu os olhos nessas lojas foram a variedade e beleza dos produtos, tais como chocolates, bebidas, perfumes, maquiagens, eletrônicos, etc, muitos deles que você não encontra tão facilmente no Brasil.
Na chegada a Buenos Aires você já pode acessar o Duty Free da Argentina, mas é altamente recomendado acessar somente na volta, pois além de você comprar somente o que não encontrou na cidade, passa sem problemas para o embarque com qualquer produto comprado no Duty Free, diferentemente se este produto for comprado fora dali.
8) Câmbio em Buenos Aires
Essa parte do câmbio em Buenos Aires é algo diferente para quem nunca viajou para outro país com moeda diferente. Foi uma ótima experiência, pois envolve curiosidades, cálculos e logicamente gastos excessivos ou economia.
Quando pesquisamos inicialmente na internet, 1 real valia cerca de 4,20 pesos. O peso é a moeda argentina. Para efetuar a troca você pode procurar casas de câmbio no Brasil, trocar pela internet ou em casas de câmbio lá na Argentina.
Confesso que as casas de câmbio no Brasil não foram nada boazinhas conosco. Para a minha cotação foi orçado cerca de 3,80 pesos por real, o que acaba sendo um absurdo quando comparado às outras opções.
Já lá na Argentina, ao trocar reais por pesos no Aeroporto de Ezeiza, você consegue por 1 real cerca de 4,20 pesos diretamente no Banco Lá Nacion, com segurança e tranquilidade.
Ainda há a facilidade de trocar moeda nas ruas de Buenos Aires ou casas de câmbio da cidade, porém não recomendo, pois pode-se facilmente ser enganado com notas falsas.
No fim das contas, acabei trocando pesos com o guia do transfer por 4,50. Quando cheguei troquei 1000 reais por 4500 pesos, pensando em trocar mais, posteriormente. No dia a dia na capital Buenos Aires, acabei descobrindo que existem várias agências do Santander, HSBC e Itaú (por ordem de quantidade).
Como sou correntista do Santander acabei sacando pesos direto no caixa por cerca de 4,45 a cada 1 real. Isso foi ótimo pois sacava a quantidade desejada sem andar com muito dinheiro no bolso e também sacava o suficiente para não sobrar pesos na volta. No extrato on-line já convertia e debitava da minha conta Santander em reais e me entregava em pesos, facilitando também o gerenciamento dos gastos.
Vale dizer que o saque fora do país só foi possível porque desbloqueei meu cartão de crédito internacional para movimentação no exterior, portanto não esqueça de desbloquear a opção INTERNACIONAL no seu cartão. Geralmente isso é feito pelo aplicativo do seu banco ou 0800.
Além de poder sacar, você pode ter alguma emergência e usar a função crédito, mesmo sendo inviável pela questão do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) que o Brasil cobra.
Ainda como dica na troca de câmbio, sei que aqui no blog o Thiago recomenda a troca da moeda pela Melhor Câmbio, uma start-up brasileira que consulta os preços on-line em várias corretoras e que permite fazer a troca de maneira on-line, sem burocracia. Após feita a transação on-line, você recebe o dinheiro em casa sem se incomodar diretamente da corretora escolhida, o que acaba sendo uma ótima opção se você encontrar a conversão do peso por real por um bom preço.
9) Restaurantes em Buenos Aires
Existem vários restaurantes em Buenos Aires. Não era de se esperar menos de uma capital de um país do tamanho da Argentina. Porém com tantas opções disponíveis, qual deles escolher?
Minha sugestão é ver o menu do restaurante antes de entrar, já que alguns restaurantes disponibilizam o menu na parte externa para apreciação. Além de ser importante para conhecer o cardápio, também ajuda na hora de converter mentalmente o valor da refeição, já pensando em bebidas, sobremesas e a propina, que é assim que é chamada a gorjeta ou taxa de serviço.
Essa taxa não é obrigatória, porém se você foi bem atendido é elegante contribuir. Uma boa média são os 10% cobrados geralmente no Brasil.
10) Preços em Buenos Aires
Como em toda capital de um país e cidade grande, Buenos Aires vai te atender de alguma forma e de acordo com o que você estiver disposto a gastar. Isso vale para restaurantes, shows, cafés, fast food, lojas e serviços.
Há o café de uma rua paralela que vai custar 90 pesos servindo 2 cafés e duas fatias de torta, como há o café na região nobre e localização e ambiente excelente que te cobra 300 pesos por um produto similar.
Deve-se acostumar o cérebro a converter sempre os pesos por real para não cair em pegadinhas, por exemplo, 45 pesos valem 10 reais. A dica de viagem é ficar sempre com esse parâmetro.
Infelizmente a inflação na Argentina está alta e muitos preços estão bem mais salgados que o normal, por isso vale muito a pena pesquisar e passear bastante, pois existem muitas opções boas para uma boa refeição a um preço acessível.
11) Mercados em Buenos Aires
Os supermercados em Buenos Aires se resumem a pequenas salas infiltradas nas principais avenidas onde existem produtos com pouca variedade, mas sendo locais onde pode-se comprar aquela água mais em conta para abastecer o frigobar do hotel.
Os mercados de lá não fornecem sacolas plásticas, em vez disso você deve levar bolsa ou então comprar lá mesmo uma sacola retornável. Alguns mercados oferecem a opção de você mesmo passar os produtos no leitor e apenas pagar, sem muita conferência.
Infelizmente os preços dos mercados na Argentina não são menores que no Brasil. Na Argentina o salário mínimo é de cerca de 1.800 reais, justificando essa diferença de preços em relação ao Brasil.
12) Lojas em Buenos Aires
As lojas de Buenos Aires encantam homens e mulheres. Desde marcas famosas a desconhecidas, impressionam pela beleza, organização e exuberância. Mesmo lojas fora de shoppings centers tem esse aspecto. Porém os preços na Argentina são maiores do que no Brasil, só tornando viável a compra daquele produto exclusivo de lá ou difícil de encontrar no Brasil.
Algumas dicas para compras na Argentina você pode conferir nesse artigo que o Thiago fez quando ele também viajou para Buenos Aires.
Uma opção para baratear os custos da viagem é se prevalecer do desconto do Tax Free, que é o abatimento de impostos argentinos cobrados dos turistas, o que acaba sendo um incentivo para o turista comprar ainda mais. Eu não utilizei desse desconto, já que acabei fazendo poucas compras, porém sei que o Thiago utilizou na viagem dele e contou tudo nesse artigo sobre Tax Free aqui no Vida de Turista.
13) Shoppings de Buenos Aires
Os shoppings de Buenos Aires são lindos! Conhecemos o Abasto Shopping, cerca de 25 minutos de taxi saindo do Obelisco. Um shopping center grandioso com lojas maravilhosas, lindas e de todas as marcas, com um parque exclusivo para crianças que é de dar inveja a qualquer shopping. Quem tem criança não pode perder.
Porém também tem outros shoppings centers que valem a visita como o Shopping Dot Baires, o Alto Palermo Shopping e o Devoto Shopping.
14) Táxis em Buenos Aires
Andar de táxi em Buenos Aires é fácil. Basta saber que são cerca de 33 mil taxis para 7 milhões de habitantes. A cada 10 carros que você vê na rua, pelo menos 3 são táxis, tem carro quase novo e tem carro bem velhinho. Um taxista me disse que o limite é 10 anos de uso.
Todas as recomendações que tivemos foram para não pagar táxi com notas de 100 ou 500 pesos, pois existem alguns sacanas que trocam a sua nota verdadeira por uma falsa e dizem que a sua nota é que é a falsa.
Andamos 6 vezes de táxi e não tivemos problemas. As vezes que arrisquei pagar com notas altas fiquei de olho e os taxistas em posição de respeito colocaram a nota por cima do banco do carona antes de manusear o seu dinheiro, afim de buscar o troco.
Além disso, os taxistas argentinos foram educados e hospitaleiros, com boas dicas e conversando conosco de maneira agradável. As corridas que fizemos foram rápidas e não custaram mais que 80 pesos.
Não precisamos utilizar metrô ou ônibus, mas todas as recomendações que tivemos foram positivas. O metrô de lá se chama “SUBTE” e tem 7 linhas, quando no coletivo. A impressão é que de fato funciona o transporte coletivo em Buenos Aires. Pode arriscar!
15) Doce de leite e Alfajor
O doce de leite e o alfajor argentino são dois dos produtos mais famosos da Argentina. Existem muitas marcas e de diversos preços. Experimentamos vários e o Havana e o Cachafaz foram os que mais agradaram, porém são os mais caros. Para trazer de lembrança para casa, eu comprei o Cachafaz e depois distribui para toda a minha família.
No Caminito, existe degustação de doce de leite e de licor de doce de leite, isso ajuda a decidir qual consumir ou trazer de presente. Também levei um cesto com várias opções de doce de leite para casa.
Em particular, trouxe um doce de leite argentino especialmente para o Thiago, já que ele teve seu doce de leite apreendido pelo Ministério da Agricultura na época em que era proibido de trazer esse produto para o Brasil, como ele comentou nesse texto.
Passeios da nossa viagem para Buenos Aires
Como você viu até agora, trouxe 15 aspectos da minha viagem para Buenos Aires contando da nossa experiência. Porém a viagem para Buenos Aires ainda não terminou e para não contar toda a história da viagem em um único texto, vou falar de vários passeios que fizemos em posts específicos e que vocês vão poder conferir conforme lista abaixo:
- Teatro Colón
- Calle Florida
- Casa Rosada
- Catedral Metropolitana
- Centro Cultural Kirchner
- El Rosedal
- Jardim Japonês
- Bairro do Caminito
- Feira San Telmo
- Obelisco
- Bairro da Recoleta
- Cemiterio Recoleta
- Hardrock Café
- Espetáculo Fuerza Bruta
- Show de Tango no Madero Tango
- Flor Metálica
- Bairro Puerto Madero
Acompanhe os próximos capítulos dessa viagem! Abraço!