Olá leitores do Vida de Turista, aqui é o Horácio novamente que vos escreve, dessa vez trazendo informações sobre o planejamento de uma viagem de volta ao mundo.
Muitos pensam que viajar ao redor do mundo é praticamente uma missão quase impossível devido ao tempo dispendido e custo dessa maratona, porém não é bem assim e existem alternativas que fazem o sonho dos amantes de viagem se tornarem realidade.
Vamos trazer informações sobre a tarifa aérea RTW, sobre as regras da tarifa, informações sobre os preços e também os destinos que fazem parte do roteiro que estamos planejando executar.
Conteúdo desse artigo:
Sobre a tarifa aérea RTW
Desde 2011 eu estudo a tarifa aérea de volta ao mundo (conhecida como RTW, Round The World, em inglês), que foi criada pela Star Aliance, a maior aliança mundial com 26 empresas aéreas.
Com um único bilhete de US$ 4.500,00 pode-se viajar por essas empresas em voos diretos para 15 destinos, em um total de 16 trechos, com validade de 1 ano.
“Na maioria das vezes, você estará economizando em todos os trechos voados, já que a tarifa RTW acaba equilibrando as despesas.”
Porém é importante planejar muito bem o roteiro para garantir uma viagem de volta ao mundo sem extrapolar os limites oferecidos por essa tarifa, que é o que estamos fazendo na nossa viagem.
A nossa viagem de volta ao mundo
Depois de tanto estudar e planejar, chegou a vez de executar a viagem que está prevista para ser feita em 2021.
Pretendemos gastar 4 dias em cada destino em média, sendo que vamos quebrar a viagem em duas partes no ano, considerando um tempo de retorno para casa.
Os 8 primeiros destinos serão feitos em 32 dias até a China, tempo máximo para ficar fora de casa em nossa idade.
Vamos comprar uma passagem barata da China para Curitiba (fora da tarifa RTW), para ficar 6 meses em casa. Depois, partimos novamente de Curitiba para a China, para cumprir os outros 8 destinos em mais 32 dias.
O nosso roteiro de volta ao mundo foi preparado para excluir a Europa, que, na nossa opinião, merece outras viagens segmentadas tamanhas as belezas do continente europeu.
“Foram combinadas cidades que são potências mundiais, cidades turísticas e cidade com paraísos como Bora Bora e Bali.”
Os trechos internos curtos entre as metrópoles chinesas serão feitos em viagens de trens de alta velocidade, para não estourar o limite aéreo de 39.000 milhas, outra restrição da tarifa RTW fare (que você vai conferir logo abaixo).
Leia também: Guia completo sobre seguros viagem
Regras da tarifa de volta ao mundo
Contamos ao todo 17 regras da tarifa RTW de volta ao mundo, no qual resumimos elas aqui para facilitar o entendimento e o que cada uma delas significa.
- Somente podem ser utilizados voos das 26 empresas aéreas da Star Aliance.
- É obrigatório parar no mínimo em 3 continentes.
- Só é permitido atravessar o Pacífico e o Atlântico 1 vez.
- O número máximo de paradas é 15, ou seja, 16 trechos.
- O número máximo de milhas voadas permitidas é de 39.000.
- O tempo de permanência em cada cidade é livre.
- Não se pode repetir nenhuma cidade.
- O roteiro deve começar e terminar no mesmo país.
- O roteiro deve ser sempre no mesmo sentido, para leste ou para oeste, com desvios permitidos para norte e sul, mas nunca para trás.
- A tarifa é válida para qualquer época do ano.
- A passagem emitida é válida por 1 ano.
- A tarifa deve ser paga à vista.
- Recomenda-se programar somente voos diretos. Voos com escala, onde o passageiro não desembarca, conta como 2 trechos usados.
- Após voar o primeiro trecho oceânico, é possível trocar a data e o horário dos voos.
- Após o primeiro trecho oceânico, trocar o destino resulta em multa de US 150,00.
- Serão creditadas milhas Smiles em todos os trechos.
- Trecho interno de conexão, é grátis voado dentro do Brasil, será emitido na passagem, e não conta na soma das milhas.
No Brasil, não existe empresa aérea da Star Aliance. Por isso o nosso trecho de Curitiba até São Paulo será pago a parte.
Roteiro de volta ao mundo (Sentido Oeste)
Com essas informações em mãos, começamos a montar o roteiro que totalizou os 16 trechos permitidos, com base em nossos gostos e interesses pessoais.
Escolhemos a opção do sentido Oeste, sem passar pela Europa, em trechos que somados utilizaram um total de 38.468 milhas gastas, quase no limite da tarifa RTW.
Essa foi a nossa opção e com certeza existem outras que você mesmo pode personalizar quando montar o seu roteiro de volta ao mundo. Segue abaixo:
- São Paulo – Washington (Estados Unidos) = 4732 milhas – United
- Washington – San Francisco (Estados Unidos) = 2438 milhas – United
- San Francisco – Papeete (Polinésia) = 4213 milhas – United
- Papeete – Auckland (Nova Zelândia) = 2547 milhas – Air New Zealand
- Auckland – Sidney (Austrália) = 1.341 milhas – Air New Zealand
- Sidney – Tóquio (Japão) = 4.865 milhas – Ana Airlines
- Tóquio – Seul (Coreia do Sul) = 712 milhas – Ana Airlines
- Seul – Shangai (China) – 540 milhas – Air China
- Shanghai – Pequim – Shanghai – Trem
- Shanghai – Hong Kong – Shanghai – Trem
- Shangai – Singapura (Singapura) = 2369 milhas – Singapore Airlines
- Singapura – Denpasar (Bali) = 1042 milhas
- Denpasar – Bangkok (Tailândia) = 1849 milhas
- Bangkok – Nova Deli (Índia) = 1.815 milhas – Thai
- Nova Deli – Bombai (Índia) = 721 milhas – Air India
- Bombai – Nairobi (Quênia) = 2.822 milhas – Air India
- Nairobi – Johannesburgo (África do Sul) = 1.820 milhas – South African
- Johannesburgo – São Paulo (Brasil) = 4.642 milhas – South African
TOTAL = 38.468 milhas.
Quanto custa uma viagem de volta ao mundo?
PREÇO = US 4.500,00
Na conversão do Real para Dólar na data de publicação do post, a passagem aérea para uma pessoa sai por volta de R$ 19.300,00 que pode ser parcelada na hora da compra.
Não é um valor barato, principalmente se você viajar com mais de uma pessoa, como é o meu caso, mas que vale muito a pena considerando todos os destinos visitados.
Se for orçar uma viagem dessas individualmente para cada destino e depois somar o preço das passagens, estamos falando de um valor que ultrapassa tranquilamente os R$ 30 mil reais. Sugiro entrar no site como da Skyscanner para ter uma base de comparação de preços.
Você também deve levar em consideração outros gastos como de hospedagem para volta ao mundo que podem ser consultadas no Booking, ingressos e passeios que podem ser consultados na Get Your Guide, além do chip internacional para ficar conectado a viagem toda e que pode consultado na Holafly.
Assim como deve levar em consideração gastos com passagens de ônibus/trem, gastos com Uber, gastos com alimentação, além do seguro de viagem que cubra todos os destinos que pode ser consultado em sites como da Seguros Promo.
Por todos os destinos visitados, por tudo o que uma viagem dessas significa e para os amantes de viagem, é uma viagem que vale muito a pena e que promete trazer recordações incríveis, experiências de vida e também registrar lindas fotos.
>> Leia também: Dicas para férias de julho grátis
Regras sobre vistos
Muitos países da lista exigem visto de entrada para brasileiros, mesmo que seja uma viagem de turismo.
É importante você acessar o site do consulado de cada um dos países e emitir os vistos necessários antes da viagem ser comprada.
“Não faça a compra da passagem de volta ao mundo sem ter a garantia do visto liberado.”
Abaixo trouxemos um resumo dos países que exigem visto para os brasileiros:
- Vistos para brasileiros: Estados Unidos, Austrália, Japão, China e Índia
- Isentos: Polinésia, Nova Zelândia, Coreia do Sul, Tailândia e África do Sul
- Vistos obtidos na entrada do país: Quênia
A passagem precisa ser emitida pela empresa aérea que fizer o primeiro trecho intercontinental, neste caso a United Airlines.
Seguro de viagem de volta ao mundo
Ficar tantos dias longe de casa nos faz sair da zona de conforto e para isso é importante ter um seguro de viagem que cubra todos os destinos que você escolher na sua viagem de volta ao mundo.
Cada país tem suas particularidades de saúde, sejam elas com hospitais públicos, convênios e atendimentos médico hospitalares particulares. Nossa sugestão é comprar um seguro de viagem confiável.
Aqui no blog confiamos muito na Seguros Promo para oferecer esse serviço ao viajante. Inclusive nós aqui do blog fizemos parceria com eles pelo bom serviço prestado. A parceria está explicada neste post, no qual também demos nossa opinião sobre a empresa e a experiência de utilização do serviço.
>> Pesquisar seguros da Seguros Promo para facilitar a pesquisa e comparação
Conclusão
Como você viu durante todo o texto, fazer uma viagem de volta ao mundo é possível, principalmente se você contratar uma tarifa RTW.
No artigo trouxemos informações sobre essa tarifa, o nosso roteiro escolhido, uma base de preços e também dicas para você organizar a sua própria viagem de volta ao mundo.
Espero que tenham gostado do roteiro e se ficar alguma dúvida, não deixe de registrar seu comentário aqui no blog do Thiago.
Não deixe de conferir também nosso roteiro sobre a viagem às montanhas rochosas no Canadá.
Abraços!