Olá galera, é a Jessica Bonillo novamente, continuando os artigos da nossa experiência de viagem pela África do Sul. Neste post vou trazer algumas dicas, através do meu olhar, sobre bares, baladas e a noite de Cape Town.
Vamos falar sobre particularidades do país africano, como a restrição de horários para consumo de bebidas alcoólicas e sobre as principais ruas onde você vai encontrar as melhores baladas.
Também vamos falar sobre a principal bebida produzida no país, sobre uma bebida sul-africana que muitos adoram no Brasil e também sobre um dos únicos eventos ao ar livre.
Conteúdo desse artigo:
Restrições da noite de Cape Town
Comentei em meu outro post que sou da noite, das festas, dos bares, drinks, amigos e diversão, então, durante o período que morei na África do Sul, aproveitei bastante esse quesito por lá.
Importante mencionar logo no começo sobre a restrição a respeito de consumo de bebidas alcoólicas na África do Sul. Lá não é permitido o consumo em locais públicos, incluindo as praias. Para a gente que adora uma cervejinha a beira mar é estranho no começo.
Além disso, os locais que vendem bebidas, as Liquor Stores, fecham super cedo. As últimas encerram as atividades às 20 h durante a semana. É preciso se planejar para tomar vinho com os amigos durante a noite, por exemplo.
Vinhos e bebidas da África do Sul
Para quem não sabe, a África do Sul é uma das maiores produtoras de vinho do mundo. Eu não era muito fã da bebida e continuo não sendo uma profunda conhecedora, porém, lá eu adquiri esse hábito e acabei voltando para o Brasil com 15 garrafas na mala!
Você pode embarcar com até 12 litros de bebida alcoólica, o que dá 16 garrafas de 750 ml. Na minha cota ainda caberia mais uma, o que não deu mesmo foi para colocar na mala, pelo espaço e limite de peso!
Os vinhos da África do Sul são maravilhosos e, além de tudo, muito baratos: é possível encontrar garrafas da bebida pelo equivalente a R$ 10 aproximadamente.
Ah! Para quem gosta de Amarula, lá também é o lugar de pagar muito mais barato, já que a África do Sul é o produtor da fruta que produz a bebida, a fruta marula, já que essa é uma fruta regional.
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Horários das baladas africanas
Bom, dito tudo isso, vamos falar dos lugares! A primeira diferença que notei, além da restrição de beber em locais públicos, foi o horário de funcionamento das baladas africanas (boates ou da “night”, como dizem os cariocas).
A maioria dos clubes fecha às 2 h e para quem estava acostumada com a vida noturna de São Paulo, isso era bem diferente. Depois comecei a me programar para chegar mais cedo nos clubs. Questão de adaptação!
A noite de Cape Town
Minha primeira noitada na África do Sul foi com pouco mais de uma semana na Cidade do Cabo, com um inglês quase inexistente ainda, mas me joguei com meus queridíssimos amigos árabes, minha primeira turma na cidade.
Os árabes são um capítulo a parte que tem lugar cativo no meu coração e que vou contar para mais para frente em outros textos aqui para o Vida de Turista, como nesse que fala sobre a nossa experiência do intercâmbio de inglês na África do Sul.
Fomos para a Long Street, em uma noite de quarta-feira, no SP (Sgt Pepper) que era conhecido por reunir estudantes naquele dia da semana, com muita música e Beer Pong.
A Long Street é a principal rua de Cape Town que reúne bares e baladas durante a noite. Durante o dia ela é um centro de negócios e comércios.
Eu já havia pesquisado muito sobre a Long Street antes de viajar e, a primeira vez que vi a placa com o nome da rua, fiquei eufórica e fiz uma previsão certeira: ainda aproveitaria muito aquele lugar. Bingo!
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Club SP em Long Street
Voltando ao Club SP em Cape Town, você chega no clube, sobe umas escadas (a maioria das baladas é no piso superior na Long Street) e paga uma quantia para entrar que, se não me engano, era de 20 Rands (mais ou menos 6 Reais, convertendo).
O lugar tem dois bares onde você paga e pega sua bebida na hora (lá eles não têm muito essa de comanda), uma área de dança, onde fica também a mesa de Beer Pong e mesas na sacada, onde é permitido fumar.
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Eu estava tão feliz. Era minha primeira noite na Long. Inclusive, estou escrevendo esse texto ao som de uma música que ouvia muito no SP: a versão de Khaled para “C’est La Vie” que tem trechos em francês e árabe.
“Todo mundo dançava com os braços para cima, de um lado para o outro no refrão de C’est La Vie: é a vida. E eu estava vivendo. Muito!”
Poucas músicas depois, na minha primeira noite no Club SP, começava um som muito conhecido. Estranhei e, na sequência, pensei: não é possível. Era Michel Teló. Meu Deus! Em pleno 2018 e Michel Teló ainda fazia sucesso fora do Brasil com a música “Nossa, nossa, assim você me mata, ai se eu te pego, ai ai, se eu te pego”.
Confesso que fiquei um pouco decepcionada, mas como sempre estive aberta para as novas experiências, comecei a achar engraçado os árabes cantando em português e me divertia de qualquer forma. Minha noite foi regada a cervejas locais (deliciosas), muita dança e risada.
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Club 169 em Long Street
Alguns dias depois, também com minha turma árabe, conheci o meu lugar queridinho, meu canto preferido da noite de Cape Town na Long Street, o Club 169 (até comentei sobre ele no post anterior – por favor, leia em inglês que fica mais legal: “One Sixty Nine”).
Logo de cara, o som me agradou mais. Lá, de jeito nenhum, tocaria Michel Teló (nada contra). Rss. Era Hip Hop e Pop, basicamente. Tudo muito dançante.
Além da questão do som do Clube 169, a diversidade de pessoas era maior. No Club SP às quartas, quase não via a galera local, já no Club 169, metade era sul-africana e a outra metade de estrangeiros, não só estudantes, mas pessoas em viagens de férias, de negócios ou outros fins.
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Outro ponto é que o público que frequenta o Club 169 também é um pouco mais velho (no SP, com 31 anos, eu era a “tiazona do role”! Hahaha).
Sul-africanos, suíços, sauditas (sempre), turcos, brasileiros (muitos), angolanos, americanos (poucos), franceses, alemães, libaneses… Foram muitas as nacionalidades de pessoas que conheci no 169.
“Tinham aqueles que batiam cartão como eu, e os que a gente conhecia e nunca mais encontrava.”
Muitas noites bem dançadas naquele lugar e, para tornar a experiência desse texto um pouquinho mais completa, coloca para tocar aí uma música que curti demais no meu club preferido: Distruction Boyz – “Omunye”.
Eles são sul-africanos e a letra da música é em Zulu, um dos idiomas oficiais da África do Sul.
Observações sobre o Club 169: a entrada custa 60 Rands, mas se você chegar cedo, não paga.
Ele é um dos poucos lugares da Long Street que funciona até às 4 h, assim como o The Dubliner, um pub que fica um pouco a frente, na mesma calçada, mas que eu não me conectei tanto com a vibe. Socorro, que saudade do meu lugar!
Beerhouse na Long Street
Na mesma Long Street, bem ao lado do 169, fica a Beerhouse. Uma cervejaria e boate que sempre estava lotada, frequentada muito por turistas, principalmente brasileiros e árabes.
Fui inúmeras vezes lá, mas sempre pelas companhias e ocasiões. Eram despedidas, aniversários, enfim… O pessoal sempre escolhia a Beerhouse para celebrar.
Não era meu lugar favorito, mas não deixava de ser divertido. Lá tocava até funk brasileiro. Talvez esse seja um dos motivos pra eu não curtir tanto. Rss.
Stones em Sea Point
Já em Sea Point, bairro que morei toda a minha estadia em Cape Town, haviam dois lugares que eu também frequentava bastante durante a noite de Cape Town.
Um deles é o Stones, um bar esportivo, com entrada gratuita, mesas de sinuca e pebolim. Tem um clima delicioso, reunindo também sul-africanos e estrangeiros, com chopp gelado, música boa e espaço na sacada para os fumantes.
Mojo Market em Sea Point
Em uma escadinha logo em frente ao Stones ficava o Mojo Market, o segundo lugar, mas não menos importante, de Sea Point que era quase minha casa, um dos melhores da noite de Cape Town.
O Mojo Market é um espaço grande que tem diversos restaurantes e um bar central maravilhoso, também com entrada gratuita. Abre cedinho e vai até às 23 h, com música ao vivo todo santo dia e transmissões de jogos importantes através de um telão e TVs.
Absolutamente nada que eu fale sobre o Mojo vai conseguir traduzir a positividade que você sente naquele lugar. Muitas vezes eu ia sozinha mesmo, pedia meu chopp e ficava curtindo um som.
Era frequente fazer amizades novas por lá também. Um ponto altíssimo foi quando assisti ao vivo o Stone Jets. Uma dupla sul-africana que eu conheci ainda no Brasil, buscando música sul-africana no Youtube.
“Sério, assista este vídeo e fique de boca aberta, como eu fiquei e ainda fico com eles. Amo!”
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Eventos em Cape Town
Saindo um pouco de locais e passando para o tema de eventos em Cape Town. Assim como toda capital grande pelo mundo, é normal que a cidade tenha uma variedade enorme de eventos, para atender a todos os gostos e públicos.
A First Thursday foi algo que me conquistou. É a primeira quinta-feira de todo mês que transforma um pouco o movimento da cidade, deixando galerias de arte abertas até mais tarde.
Seguindo o tema do post, destaco a festa que acontece na rua em Cape Town, único momento que você pode consumir bebida alcoólica sem estar dentro de um ambiente privado.
As First Thurdays também têm música ao vivo, discotecagem e muita alegria pelas ruas do centro. Você pode ver mais informações no site oficial: https://first-thursdays.co.za/cape-town/.
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Finalizando
Acredito que o tema “vida noturna em Cape Town” ou “bares e baladas na África do Sul” renderia mais alguns textos.
Tem vários lugares que nem citei, mas que me proporcionaram outros tantos momentos maravilhosos ao longo dos meus seis meses de intercâmbio na África do Sul.
Se você tiver curiosidade de saber mais, manda um recado para gente, deixa um comentário que falo para o Thiago que devemos retomar o assunto! Cheers!
Lembrando sempre da importância do seguro de viagem se decidir fazer viagem pra África do Sul. Mais para frente vou contar alguns detalhes sobre o que me aconteceu. Por ora, você pode buscar mais informações nesse artigo criado pelo Thiago sobre seguro de viagem para Cidade do Cabo.
Abraço e até o próximo artigo!