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Recanto Ecológico Rio da Prata – Bonito – MS

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Logo depois de curtir a Lagoa Misteriosa fomos conhecer o Recanto Ecológico Rio da Prata, um lugar que vale a pena conhecer e que é do mesmo grupo e vizinho da Lagoa Misteriosa, também tão distante de Bonito quanto ela, na cidade de Jardim, aproximadamente 1 hora de carro do centro.

O Recanto Ecológico Rio da Prata é uma enorme fazenda que oferece uma série de atividades para seus visitantes como trilha, flutuação, mergulho com cilindro, passeio a cavalo e observação de aves. Nosso passeio era para fazer o principal deles, a flutuação no Rio da Prata.

Recanto Ecológico Rio da Prata

Recanto Ecológico Rio da Prata

Flutuação no Rio da Prata

Das flutuações que fizemos, foi o local que vimos a maior concentração de peixes e de espécies diferentes. Parecia que estávamos em um aquário natural de tão belo. As espécies que mais vimos foram dourados, pacus, piraputangas e piaus. Dava vontade de tocar, interagir e brincar com eles, assim como fazemos com um aquário, só que dessa vez ao vivo e dentro do próprio aquário.

De tão famoso que é o local, no dia que estávamos lá também estava o cantor Munhoz da dupla Munhoz e Mariano, conhecido pela música do Camaro Amarelo. Ele fez o passeio do Rio da Prata à parte com sua família. O mesmo passeio que nós fizemos. Vimos ele de relance e logo ele foi embora. Como a dupla vem de Campo Grande, fica fácil para ir e vir quando quiser.

No local também é comum ver uma série de estrangeiros. Eram alemães, americanos e asiáticos. Facilmente dava para escutar outras línguas de países pronunciadas ao nosso redor.

A flutuação do Rio da Prata dura um total de 3 horas, sendo que de água mesmo a duração é de 1 hora e meia. O restante é na troca de roupa, orientações do guia, transporte motorizado até o local, trilha de 15 minutos e adaptação para a flutuação.

Rio da Prata - Bonito - MS

Rio da Prata – Bonito – MS

Nosso passeio de flutuação aconteceu de tarde. Se eu não me engano no último horário do dia, às 13:30 h. As águas do Rio da Prata são muito claras e transparentes, porém creio que o horário acabou proporcionando menos iluminação natural prejudicando um pouco a visibilidade, já que quando voltamos estava escurecendo.

Lembrando que Bonito tem 1 hora a menos que o horário de Brasília e lá começa a escurecer às 17 h. Por isso a primeira dica é não deixar para fazer o passeio no último horário do dia.

Almoço no Rio da Prata

Como viemos de outro passeio para o local, precisávamos almoçar e estava incluso no pacote o almoço no Rio da Prata. É um almoço muito gostoso, típico de fazenda. Muitas variedades de vegetais, cereais, massas, grãos e tubérculos. O que nos chamou a atenção foram as sobremesas: doce de leite caseiro, canjica e frutas cristalizadas. Realmente uma delícia.

A dica é não comer demais antes de entrar na água. Por isso pondere para fazer uma refeição leve e de fácil digestão. Também evite bebidas gaseificadas. Aqui o bom mesmo são sucos ou água mineral.

Almoço no Rio da Prata

Almoço no Rio da Prata

Por sinal, nos surpreendeu na viagem a Bonito e Pantanal que são poucos os restaurantes de Bonito que servem suco natural de laranja. A maioria era de polpa da fruta congelada. Se nos grandes centros é comum ter suco de laranja natural, surpreende que Bonito, famosa pelo ecoturismo, não tenha essa opção.

Logo depois do almoço fomos descansar no redário oferecido pelo Recanto Ecológico Rio da Prata. Ele fica embaixo de copas de árvores, ótimo para tirar aquela pestana. O som ao fundo é de pássaros e animais da fazenda. Só tome cuidado para não perder o horário do passeio.

Começando o passeio no Rio da Prata

Após o ótimo almoço e período de descanso, chegou a hora de começar o passeio da flutuação. A primeira etapa é trocar de roupa. É obrigatório o uso da roupa de neoprene, já que você tem contato por muito tempo com a água e com diferentes temperaturas dependendo a parte do rio que você está.

Então o guia passa as primeiras instruções informando os locais por onde percorre o passeio e o tempo de duração de cada trajeto. Não existe banheiro no meio do caminho. Portanto faça suas necessidades antes de tudo começar.

A primeira etapa é um trecho de veículo motorizado que leva até o início da trilha. Depois tem uma trilha ecológica de aproximadamente 15 minutos de caminhada. É uma mata bem fechada. Normalmente surge a pergunta dos turistas: Tem onça? No qual o guia explica: “Sim! tem onça!”. Mas a onça tem medo dos humanos e geralmente tem hábitos noturnos.

Veículo motorizado - Rio da Prata

Veículo motorizado – Rio da Prata

No restante do caminho acontecem explicações do guia de turismo sobre as aves e árvores do local, mais orientações sobre a flutuação e resposta a dúvidas em geral. Considerei esse período fundamental para aquecer antes de entrar na água e dar mais vontade de entrar.

Mata da trilha do Rio da Prata

Mata da trilha do Rio da Prata

Chegamos então a um deck de apoio no qual você tem coletes salva-vidas e pode deixar qualquer lixo que você trouxe no caminho. Bolsas e demais pertences você pode deixar nos guarda-volumes do Rio da Prata antes da trilha iniciar. Chinelos e roupa reserva podem ser levados para você trocar logo após sair da água. Essa roupa será levada pelo transporte em sacolas reservadas.

Deck de apoio - Rio da Prata

Deck de apoio – Rio da Prata

Início da flutuação no Rio da Prata

Com o snorkel em mãos, a primeira coisa que temos de fazer é limpar o visor. Para isso, o melhor desembaçador que nós temos é o cuspe! Isso mesmo que você leu. O cuspe! A saliva contém peptina, uma proteína que forma uma película que protege a máscara da condensação de gotas d’água formada pela diferença da temperatura da água e do interior da máscara.

Depois de desembaçar é hora de lavar a máscara e colocar o snorkel sobre o rosto. Importante ajustar bem a máscara do snorkel, principalmente para ficar bem presa e não se soltar durante o passeio. Também cuidado para não apertar demais para não causar dor de cabeça no final. É normal você tirar o snorkel e ficar todo marcado e com aquela cara inchada causado principalmente por ficar muito tempo embaixo d’água e ser água fria.

Snorkel - Rio da Prata

Snorkel – Rio da Prata

Próximo passo é entrar na água. Sentimos que ela é de certa forma gelada, mas não impossível de ficar dentro. O guia dá tempo para fazer testes com a máscara e se adaptar com todo o equipamento antes de prosseguir.

O tempo de adaptação é de 15 minutos. Fizemos um percurso leve, no qual já começamos a apreciar a beleza do lugar com vários peixes vistos dentro de águas cristalinas.

Se você tem fobia de água, mas não quer perder o passeio, peça ajuda ao guia. Minha namorada tinha certa fobia e ele a levou do início ao fim. Sei muito bem do medo e pavor que ela tinha e ela sentiu confiança nele encarando todo o desafio. Depois de ter feito o percurso ela adorou e só ficou falando nisso.

Flutuação no Rio da Prata

Flutuação no Rio da Prata

Caso mesmo assim tenha alguém do grupo que desista, o pessoal do apoio leva até o ponto de embarque em um barco perto do fim do passeio para aguardar o pessoal chegar.

Com todos do grupo a postos se começa o percurso. Ele é dividido em três etapas: antes das corredeiras, depois das corredeiras e entrando no Rio da Prata.

Antes das corredeiras

A etapa antes das corredeiras, na minha opinião, foi a melhor parte. Águas rasas e claras com muitas variedades de peixes e animais no fundo do rio. Troncos e vegetação ajudavam a transformar o lugar em um verdadeiro paraíso aquático das mais variadas cores.

Dourado - Rio da Prata

Dourado – Rio da Prata

É comum vermos o principal elemento que mantém a água cristalina: o calcário. O fundo do rio é todo branco com camadas de areia por cima que ficam se movimentando com o passar das águas.

Cuidado para não tocar o fundo do rio e levantar poeira para os amigos atrás de você. Mantenha o corpo sempre calmo e relaxado. O rio vai levando você naturalmente. Quando as pernas baixarem demais, tente bater elas que nem no nado que elas sobem naturalmente.

Pacu - Rio da Prata

Pacu – Rio da Prata

Lembro novamente da importância de não engolir a água, pois o calcário pode provocar enjoos e náusea. Confesso que no fim do passeio sai com um pouco dessa sensação. Não sei se foi por causa da água que entrava no tubo do snorkel e ia para a boca, se foi porque fizemos o passeio após o almoço ou pelo motivo de ter machucado o joelho em pedras e a água com calcário ter contato direto com o machucado, entrando direto na corrente sanguínea.

Pedras - Rio da Prata

Pedras – Rio da Prata

O momento que me machuquei foi no fim da primeira parada, antes das corredeiras. O guia não comentou à respeito de que existiriam pedras no caminho e simplesmente quando vi, havia pedras muito mais próximas de mim onde passávamos.

Como perto de corredeiras a velocidade da água aumenta ficou mais difícil de desviar. Eu também me assustei um pouco o que pode ter contribuído. Quando vi que ia bater tentei empurrar primeiro com a mão, o que ajudou um pouco, mas não foi suficiente e acabei batendo as pernas nas pedras. Não são pedras sabão. São pedras brutas, no qual sai com joelho e pernas raladas. Esse foi um ponto negativo da flutuação no Rio da Prata.

Corredeiras - Rio da Prata

Corredeiras – Rio da Prata

O bom é que logo à frente tinha um ponto de parada, no qual deu para recuperar as energias e aliviar o susto. Nesse momento vi que outras pessoas também tinham passado pela mesma situação.

Depois das corredeiras

Retomando o rumo da flutuação, o guia logo de cara orienta que as águas vão ser rápidas por causa das corredeiras e que teremos de desviar de pedras rasas.

Só que ali eu já estava preparado e fui avisado. Segui exatamente o guia e ajudou bastante. A velocidade da água realmente empurrava para o lado, contra as pedras, forçando a nadar e empurrar o corpo dentro da água com muita força para seguir o rumo sem pedras. Foi o momento de maior adrenalina do passeio.

Depois dessa etapa o passeio foi na maior calmaria. Voltou a ser gostoso de novo presenciar a natureza subaquática. Percebi também que começou a mudar o cenário. Havia mais troncos, vegetação diferente, água mais esverdeada, assim como águas mais profundas.

Vegetação - Rio da Prata

Vegetação – Rio da Prata

No fim dessa segunda etapa vem uma surpresa muito bacana: a vista das nascentes do Rio da Prata. Uma verdadeira exibição da água entrando no fundo do rio e movimentando a areia ao seu redor.

É um local mais calmo e reservado, no qual tem um novo deck de apoio para sair e descansar alguns minutos. Também é um momento para brincar, pular na água e se divertir.

Nascente - Rio da Prata

Nascente – Rio da Prata

Entrando nas águas do Rio da Prata

As primeiras etapas do passeio que percorremos na flutuação na verdade não é bem o Rio da Prata e sim um afluente que acaba desembocando no Rio da Prata. O Rio da Prata é percorrido somente nos 10 minutos finais.

É perceptível quando adentramos o Rio da Prata. A água fica mais gelada, o rio fica ainda mais fundo e há menor concentração de peixes, fora que a velocidade da flutuação aumenta.

Entrando nas águas do Rio da Prata

Entrando nas águas do Rio da Prata

Antes de prosseguir nesse pedaço o guia pede quem quer continuar ou quem quer seguir por um barco de apoio nos minutos finais. Confesso que como estava cansado e um pouco enjoado acabei utilizando o barco de apoio.

Durante os minutos finais no barco foi possível contemplar a natureza da mata acima de nós. Vimos pássaros e inclusive macacos nos galhos de árvores.

Barco de apoio - Rio da Prata

Barco de apoio – Rio da Prata

São poucos minutos até chegarmos ao ponto final do passeio da flutuação, pegar as roupas que levamos junto e nos trocar de roupa no vestiário.

Esse ponto de saída foi o único lugar durante toda a viagem a Bonito que nos incomodamos com mosquitos e pernilongos. Logo após sair do barco eles avançaram. Tivemos de nos trocar de roupa rapidamente e seguir para o carro de apoio que levava até o Recanto Ecológico. Uma dica é levar repelente para passar após sair da flutuação.

Nesse ponto, também senti falta de melhor infraestrutura para o turista. Somente havia vestiário, mas não havia sanitários. É comum as pessoas saírem da água com vontade de ir ao banheiro. Caberia ao Recanto Ecológico investir em pequenas estações de saneamento básico nos pontos de parada.

>> Leia também: Mergulho na Lagoa Misteriosa

Finalizando o passeio

Creio que o Recanto Ecológico Rio da Prata foi o ponto de maior contato com a natureza que tive em Bonito. Tudo muito intenso, seja na trilha, na flutuação ou na visualização da fauna e flora.

Uma sugestão que eu daria ao local é deixar a pessoa curtir por mais tempo os pontos de parada. Passar de 5 para 15 minutos, por exemplo. Ajuda a pessoa a se localizar, curtir o momento e ao mesmo tempo não perder o ritmo.

Para os viajantes, uma dica é fazer a flutuação somente dois ou três dias após um dia que choveu, porque quando chove é comum descerem impurezas nos rios, deixando a água turva e perdendo um pouco a sua transparência.

Outra dica é levar câmera fotográfica subaquática para bater fotos de recordação e mostrar para os amigos. Vai que você encontra uma sucuri no meio do caminho e não tem a câmera para bater foto?

Caso esteja dentro da água e entre água no snorkel, dê aquele assopro bem forte que a água sai por cima do cano. Assim você cansa menos o pescoço subindo para fora d’água para tirar a água do snorkel.

De fato a viagem a Bonito e Pantanal proporcionou uma série de experiências fantásticas e percorrer as águas do Rio da Prata foi uma delas.

Quem se interessou, pode buscar maiores informações sobre preços e reserva de pacotes para Bonito ou compra de passeios específicos no site da H2O Ecoturismo, a agência de viagens receptiva que nos atendeu em Bonito.

É incrível como você entra na água, começa a respirar embaixo da água, sente aquele barulho de água corrente, escuta a própria respiração e agradece a cada momento por estar ali presenciando essa beleza natural. Você se esquece de todos os problemas na hora.

E você, está programando para fazer a viagem no Rio da Prata em Bonito? Já foi e viveu uma experiência semelhante ou diferente da nossa? Deixe seu comentário!

Abraço!

Thiago Cesar Busarello
Thiago Cesar Busarello
Thiago Busarello é autor e criador do Vida de Turista, no qual adora viajar e falar do assunto de turismo e viagens, compartilhando dicas e informações de viagens com os leitores.
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Comentários:
Joao magalhaes disse:

Adorei seu texto e descrição Thiago.
Fiz hj a flutuação e amei tudo. Mesmo após o frio (13º) e chuva de ontem a água só fica turva e fria no finalzinho, q chegamos no Rio da Prata. Nos últimos 5 min de um passeio de 3hrs.
Adoro água (sempre nadei) e adorei a correnteza me levando. Não tive algum arranhão sequer e isso sem nenhum esforço.

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